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"Conselhos devem ser mediadores estratégicos no diálogo entre Estado e sociedade civil"

Carta do Distrito Federal, documento final do 3º Encontro Nacional, apresenta série de compromissos pactuados entre os conselhos. Tema da mobilidade urbana é apontado como prioridade

Assessoria Sedes

27/02/2014

 

 

Foto: Assessoria/SEDES Foto: Assessoria/SEDES

Os conselhos representados no 3º Encontro Nacional, realizado em Brasília, pactuaram uma série de compromissos que irão compartilhar durante o ano de 2014. Entre eles, os objetivos de consolidar-se como mediadores estratégicos no diálogo entre Estado e sociedade civil e de priorizar o debate e a busca de soluções para o tema da mobilidade urbana.

Os pontos compõem a Carta do Distrito Federal, documento final do Encontro, que foi apresentado na tarde desta quarta-feira (26). No texto, os conselhos também reafirmam o empenho em consolidar a Rede Brasileira como um ambiente de diálogo, troca de saberes e disseminação de experiências.

As diretrizes da Carta do Distrito Federal vão nortear o trabalho dos conselhos que fazem parte da Rede Brasileira até a realização do próximo Encontro, que deverá ser realizado na cidade de Canoas (RS).

Melhores Práticas em Metodologias de Diálogos - Além da divulgação do documento final, a programação do segundo e último dia do 3º Encontro Nacional de Conselhos de Desenvolvimento Econômico e Social contou com uma oficina sobre melhores práticas em metodologias de diálogos e um painel sobre mobilidade urbana.  

José Aparecido do CDES/Brasil participou da oficina. Aparecido afirmou que iniciativas como o Observatório da Equidade auxiliam o aprofundamento dos temas trabalhados pelos conselheiros.

Como resultados diretos, José Aparecido destaca três principais: o fortalecimento com números e dados sobre as temáticas em pauta; a união entre as demandas e os estudos acadêmicos dos mesmos temas em curso; a criação de redes que viabilizam uma dinâmica de discussão mais perene no tempo e com a participação da sociedade, focadas em políticas de Estado.

“Cidades Integradas” – A necessidade de pensar a cidade de maneira mais ampla foi exposta por dois participantes da mesa que debateu o tema da mobilidade urbana. “A cidade é uma só e precisa ser vista de maneira integrada”, defendeu o professor Paulo Cesar Marques, da Universidade de Brasília (UnB).

Já Maurício Broinizi, do Conselho do munícipio de São Paulo, pleiteou que a implementação do plano diretor das cidades é indissociável aos planos de mobilidade urbana.  Ele afirmou ainda que o modelo americano de cidades-dormitório está ultrapassado. “No futuro, as pessoas trabalharão perto do local de trabalho, onde também deverão ter acesso aos serviços público e privado”, disse.